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Sem mandato, condenados e sonhando acordados: a trupe dos derrotados em Luziânia 

O velho ditado já dizia: quem fala demais dá bom dia a cavalo. Em Luziânia, parece que alguns ex-candidatos levaram o ensinamento ao pé da letra — e ainda entregaram as rédeas para a Justiça.

28/04/2025 às 17h58 Atualizada em 28/04/2025 às 18h19
Por: Jornal Democrático Fonte: Wendell Che
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Sem mandato, condenados e sonhando acordados: a trupe dos derrotados em Luziânia 

Por: Wendell Che 

Waltinho (PL) e Ana Lúcia (PSDB), ex-aspirantes ao comando da Prefeitura, saíram da eleição de 2024 carregando não apenas votações pífias, mas também um saldo generoso de processos judiciais. Para piorar, a tucana precisou encarar a Justiça Criminal, enquanto o colega de infortúnio teve que se dobrar às determinações da Justiça Eleitoral. E não para por aí: Sargento Póvoa, ex-candidato a vereador, completa o trio com seu currículo de fake news e ataques ao prefeito reeleito Diego Sorgatto (UB) — chegando até a usar site falso da revista IstoÉ para disparar sua artilharia.

O enredo é digno de tragicomédia: derrotados nas urnas e humilhados nos tribunais, esses personagens apostaram na velha política do ódio e dos ataques pessoais — e perderam. Conseguiram percentuais inexpressivos nas urnas, não elegeram sequer um vereador aliado e ainda colecionaram condenações, indenizações e retratações públicas.

Ana Lúcia, que se apresentava como paladina da moralidade, acabou condenada à prisão por crime contra a honra. No ostracismo político, hoje coleciona críticas até de antigos aliados e resolveu jogar a toalha. Já Waltinho e Póvoa seguem tentando sobreviver nas redes sociais, agora prometendo uma improvável candidatura à Assembleia Legislativa de Goiás em 2026. Será?

A verdade é que, se a política exigisse um mínimo de autocrítica, talvez os sonhos eleitorais desse grupo se limitassem à disputa pela sindicância de algum prédio — e olhe lá. Para quem já errou o alvo com tanta força, talvez seja hora de pendurar as esporas e aceitar que, em Luziânia, a política pede mais que gritos, arroubos justiceiros e bravatas.

Porque, no fim, a lição é simples: peixe morre pela boca. E político tolo também.